sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

COMEMORAÇÃO ANO NOVO CHINÊS EM LISBOA - ANO DO MACACO

Dragão chinês dança em Lisboa para inaugurar o Ano do Macaco

26 Jan, 2016 - 08:31
As celebrações do Ano Novo Chinês vão animar a cidade de Lisboa, a partir de sábado, com um desfile na Avenida Almirante Reis e com espectáculos de cultura chinesa na Praça Martim Moniz e no Jardim da Estrela.
"A celebração de Ano Novo Chinês é já, em todo o mundo, um cartão cultural da nação chinesa", afirmou o presidente da Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chineses, Choi Man Hin, explicando que os festejos em Lisboa "fazem a comunidade chinesa sentir-se em casa e o povo português também tem a oportunidade de apreciar a cultura e costumes do povo chinês sem sair de Portugal".

Na apresentação do programa de celebrações do Ano Novo Chinês em Lisboa, que decorreu hoje, Choi Man Hin disse que "este ano os festejos ficam ainda maiores, mais ricos e com um maior número de elementos envolvidos", destacando a participação de dois grupos vindos da China, a Companhia de Dança Huajin da província de Shanxi e a Companhia de Performance de Chongquing.

A dança do dragão, a troca de máscaras e acrobacias são algumas das manifestações culturais da China que vão desfilar na Avenida Almirante Reis, no sábado, às 11h00, com início na Igreja dos Anjos e terminando na Praça Martim Moniz, onde às 13h00 decorrerá a cerimónia oficial das celebrações com um espectáculo de três horas. No domingo, entre as 15h00 e as 16h30 vai realizar-se um espectáculo no Coreto do Jardim da Estrela.

"Queremos compartilhar esta festa com a sociedade portuguesa, com o povo português, um povo que trata muito bem a nossa comunidade em Portugal", sublinhou o conselheiro cultural da Embaixada da China, Shu Jianping, adiantando que existem cerca de 20 mil chineses a viver em Portugal e que cerca de metade desta comunidade chinesa concentra-se na área metropolitana de Lisboa.

Segundo Shu Jianping, as celebrações do Ano Novo Chinês já se realizam há muitos anos em Lisboa, de uma forma organizada, apontando que "se calhar há mais de 20 anos" e há três anos consecutivos na Praça Martim Moniz, "onde se concentram muitos empresários chineses".

Para o vereador das Relações Internacionais da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, celebrar o Ano Novo Chinês "é já uma parte integrante da própria identidade da cidade". Com um discurso de defesa da inclusão social na capital portuguesa, Carlos Castro considerou que, "à medida que os anos vão passando, a festa vai aumentado e a inclusão vai subindo", e aproveitou ser o signo do Macaco que preside o novo ano para referir que a ambição é fazer crescer estas celebrações na cidade de Lisboa.

"Sejamos lisboetas ocidentais ou lisboetas orientais, todos somos lisboetas e este é um festival da cidade de Lisboa para todos os lisboetas, independentemente do local onde nasceram ou para onde irão viver no futuro. Enquanto aqui estiverem, todos somos lisboetas", afirmou o autarca, frisando que a relação entre Portugal e China tem cerca de 500 anos.

Questionado sobre o investimento na organização das celebrações, o autarca Carlos Castro disse não saber o valor investido, explicando que grande parte dos custos é suportada pela comunidade chinesa em Portugal, existindo também apoio da Embaixada da China.

O Museu do Oriente, em Lisboa, tem previsto um conjunto de actividades subordinadas ao Ano do Macaco dedicado às tradições e cultura chinesas, que decorrerá de 7 a 21 de Fevereiro. O Ano Novo Chinês inicia-se a 8 de Fevereiro, sucedendo ao ano da Cabra.

O responsável da Embaixada da China referiu ainda que há outras cidades portuguesas que vão celebrar esta data do calendário chinês como Portimão, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Gaia.

"Queremos fazer chegar a nossa alegria a todos os cantos de Portugal. Acho que isto é uma demonstração das boas relações entre a China e Portugal", defendeu Shu Jianping. De acordo com o conselheiro cultural da Embaixada da China, o Ano Novo Chinês é celebrado em "mais de 140 países do mundo e mais de 400 cidades no mundo", referiu.