segunda-feira, 7 de novembro de 2011

OM - O Mantra por Excelência



Nos antigos Upanishades (constituem a redacção 
das lições dos mestres hindus. Existem inúmeros 
upanishades, que foram redigidos ao longo de 
centenas de anos, a partir do século IX a.C.) 
indianos,  o mantra OM é chamado de "sílaba suprema"
e "mãe de todos os sons" (matrikamantra). Esse mantra 
é erroneamente atribuído ao sânscrito. De acordo com 
todas as informações existentes, ele procede da cultura 
matriarcal da Deusa que foi denominado pelo nômades
 arianos.  Como muitos outro conceitos e elementos 
espirituais dessa cultura, o OM também se tornou um 
componente da nova sociedade patriarcal de influência 
ariana. Sem a deusa, nada acontece no nível espiritual 
- tudo seria apenas teoria sem a capacidade de transformar
ideiais em manifestações materiais e efeitos práticos. No 
texto védico Mahanirvanatantra, esta dito: "... assim 
como o nascimento vem da mãe, o mundo surge de 
matrika ou som". 
O antigo texto indiano Chandogaya Upanishad diz o 
seguinte sobre o OM:

Ficheiro:Rigveda MS2097.jpg

A terra é a essência de todos os seres.
A água é a essência da terra.
Os vegetais são essência da água.
O ser humano é essência dos vegetais.
A linguagem é a essência dos seres humanos.
Rigveda (texto sagrado) é a essência da linguagem.
Samveda (texto sagrado) é a essência do Rivgveda,
E a essência de Samveda é Udgith (outro termo para OM).
Udgith é a mais admirável de todas as essência
e merece o lugar mais elevado. 

OM também representa a consciência cósmica oniabrangente 
(Essa consciência cósmica oniabrangente não é a Força 
Criadora em sua totalidade, mas o nível de consciência mais 
elevado do universo material formado pelo Grande Deus e 
Grande Deusa). A própria pronúncia correta desse mantra 
não é como a forma escrita OM, mas sim AUM. Como 
provavelmente acontece com todos os mantras, esse tem 
diferentes níveis de significado. Alguns dos mais importantes 
são explicados a seguir.

Cada letra tem um significado espiritual:



A simboliza Akar, a forma, a estrutura material, em sua 
forma verdadeira, espiritual, ou seja, a Geometria Sagrada 
e a vida material que é vivida de modo espiritual. Esse é o 
caminho para o divino no mundo terrestre como uma parte 
importante, indispensável, da  comunidade de seres. Essa 
comunidade é sustentada pelos indivíduos com seu potencial 
único e ela sustenta os indivíduos com tudo o que eles não 
consigam prover por si mesmos devido às suas limitações e 
fraquezas. Gyan Shakti, como um dos três principais aspectos 
místicos da Grande Deusa, que traz ao mundo material a 
consciência  mais elevada na forma de som, pertence a essa 
letra. Ela rege a luz que manifesta, o claro conhecimento que 
está enraizado na verdade espiritual masculino correlato é 
Brahmâ, o aspecto criador do Grande Deus (não confundir com 
Brahman, a  Força Criadora). A Grande Deusa Dai Marishi Ten 
e o Grande Deus (Buda Transcendental) Dainishi Nyoari do 
Budismo Esotérico pode ser incluídos aqui.


O simboliza o estado de sonho. É onde a consciência 
individual reside no reino interior de desejos, sentimentos 
e pensamentos. U representa o elemento ar Urdhagami, cujo 
movimento é dirigido para cima, em direção ao céu. Portanto 
ele rege os poderes da agressão, da atividade e dinamismo. 
O principal aspecto místico da Grande Deusa éIschcha Shakti, 
que governa a vontade. O aspecto masculino correlato é Vishnu, 
que mantém a ideia, a visão da realidade espiritual nos seres e 
lhes concede continuamente nova inspiração nesses termos.

M simboliza o estado de sono mais profundo 
simultaneamente a consciência da unidade perfeita. 
mostra o vazio, também chamado Akasha, o potencial 
ilimitado de qual tudo se origina e para o qual tudo volta. 
Akasha é o fundamento da existência de todas as coisas e, 
perspectiva do ser espiritual desperto, é idêntico ao que foi 
criado (Compare isto com os comentários sobre a dupla 
natureza da existência.) O famoso Sutra do coração budista 
diz sobre ele: "Forma não é senão vazio; vazio não é senão 
forma." Ao mesmo tempo, Akasha não se mistura com as 
formas materiais da existência. Ele não muda, não desaparece 
e só pode ser descrito por meio dos seus efeitos, nunca 
diretamente. O principal aspecto místico da Grande Deusa 
é Kriyâ Shakti, que rege as ações. O aspecto espiritual 
masculino correlato é Shiva (traduzido literalmente como 
"o Afável", o Benevolente"), que dissolve e destrói o que 
não corresponde à realiadade espiritual e à verdade. 
Shiva é também chamado de "Dançarino Cósmico". 

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