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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A Razão Porque os Japoneses Ainda Dormem no Chão

 

Neste artigo vamos contar com detalhe sobre como o futon surgiu e também as razões que levaram os japoneses a dormirem no chão.

Já se perguntou porque os japoneses tem o costume de dormir no chão? Para responder essa pergunta, precisamos voltar no tempo e dar uma olhada na história do Japão. Mas antes, deve saber que os japoneses costumam dormir sobre um colchão chamado futon.

Geralmente o futon, que costuma ter de 5 a 7 cm de altura, é colocado sobre o tatami, um piso feito de palha de arroz prensada e depois revestida com esteira de junco, muito comum em casas tradicionais japonesas. Embora seu uso esteja diminuindo nos dias de hoje, muitas pessoas no Japão ainda conservam pelo menos um cómodo com tatami em suas casas.

Período Jomon e Período Kofun (14.000 AC – 538 DC)
Imagem: Wikimedia Commons

Bom, mas para sabermos a origem desse costume tradicional do Japão que perdura até hoje, precisamos voltar ao Período Jomon (縄文時代) (14.000-1000 AC), quando os japoneses viviam em casas chamadas “Tateanashiki Jukyo” (竪穴式住居). Eles cavavam um buraco no chão e colocavam um telhado sobre ele, de forma que o chão ficasse mais baixo do que o solo.

Também colocavam terra ao redor das casas ou as construíam em uma colina para evitar a entrada de chuva, humidade, insetos e assim por diante. Era também uma maneira de se protegerem do frio, pois estando abaixo do solo aqueciam-se mais do que acima dele.
Imagem: Wikimedia Commons

Cerca de 4 a 6 pilares de madeira eram usados ​​para sustentar os telhados. Neste tipo de casa, havia duas maneiras de dormir. O método mais comum era usar um colchão chamado “Mushiro” (筵) ou “Komo” (菰) uma espécie de esteira feita de gramíneas como palha, junco, folha de noz-moscada japonesa, planta de arroz, taboa e assim por diante. Também usavam a pele de animais e árvores ou algas marinhas secas como colchão. Mushiro é o precursor do Futon.
Imagem: Wikimedia Commons
Outra maneira de dormir, embora mais raro, era colocar o “Mushiro” sobre toras de madeira. Esse tipo de “cama” sobre troncos de árvores foi encontrada nas ruínas de Nishitai (西田井遺跡), na prefeitura de Wakayama. Esses estilos de dormir continuaram durante o Período Yayoi (弥生時代) (1000 a.C. até 300 d.C.) ao período Kofun (古墳時代) (250 d.C. a 538 d.C.).

Período Nara ao Período Heian (710-1192)


Em 756, a Imperatriz Komyo dedicou os pertences do Imperador Shoumu ao templo Tōdai-ji, em Nara. Entre eles, havia uma cama de madeira com 237,5 cm de comprimento, 118,5 cm de largura e 38,5 cm de altura. Esta é a cama mais antiga encontrada no Japão, até agora.

Aparentemente, um tatami ou colchão foi colocado em cima da cama para dormir. A cama da Imperatriz Komyo também foi encontrada. O casal unia suas camas para dormirem juntos.

Um colchão para o imperador
No período Nara, o tatami estava começando a ser produzido e era utilizado especialmente pelos nobres. O tatami mais antigo chama-se “Gosho no tatami” (御床畳), que significa tatami do Imperador Shoumu. Dizem que ele costumava usá-lo em sua cama como colchão.
Imagem: sakura-paris.org

No período Heian, as pessoas nobres viviam em casas chamadas “Shinden Zukuri” (寝殿造), cujo prédio principal era chamado de “Shinden” (寝殿) e ficava no centro da propriedade. Este edifício tinha duas salas que foram chamadas de “Nurigome” (塗籠) e “Moya” (母屋).

Uma característica interessante nessas casas é que elas não tinham paredes, exceto a sala Nurigome. Os cómodos eram divididos através de persianas ou biombos. Os pisos eram basicamente feitos de madeira. E do lado de fora havia lagos, pontes e belos jardins.

Nurigome (塗籠) é uma sala interna fechada com paredes fortemente rebocadas. Este quarto era usado para dormir no início, porém mais tarde, foi usado para armazenar coisas.

Naquela época, os pisos eram de madeira, então eles colocavam tatami móveis onde quisessem. Na foto abaixo, verá partes verdes no chão, que são os tatami.
Imagem: wikimedia commons

No quarto chamado “Moya“ (母屋), havia uma cama em dossel chamada “Micho” (御帳). Costumava ser usado pela nobreza para relaxar, receber convidados, decidir regras políticas e assim por diante. Algumas pessoas de alto escalão dormiam dentro do Micho.

Micho também era um símbolo de autoridade ou poder financeiro. A nobreza tinha o costume de decorar o Micho para mostrar seu status. Também era chamado de “Michodai” (御帳台) ou “Chodai” (帳台), também foi usado pela família Imperial, embora um estilo diferente.

Imagem: Wikimedia Commons

Yaedatami (八重畳)
A propósito, sabe o significado da palavra tatami (畳)? Tatami significa “empilhar continuamente”. No período Heian, a maioria das pessoas nobres usava o tatami como colchão para dormir. Eles empilharam um par de Mushiro (筵). Este tatami é chamado de “Yaedatami” (八重畳) por documentos antigos “Kojiki” (古事記) e “Nihonshoki” (日本書紀).
Imagem: @tabamegu0102 (Instagram)

Algumas pessoas do alto escalão costumavam dormir em Yaedatami e usavam um pequeno tatami como travesseiro. Yaedatami geralmente estava dentro do Micho. Eles também usavam uma roupa de dormir chamada “Fusuma” (衾) que era feita de cânhamo ou seda.

E quanto ao plebeu? 
A casa deles ainda era de cova e a maneira como dormiam era a mesma de antes. Eles usavam palha para dormir. Alguns até poderiam usar Mushiro e Fusuma, mas não eram como os que as pessoas nobres usavam. Eles tinham uma vida bastante simples.

Período Kamakura ao Período Muromachi (1192 – 1573)
Imagem: kotobank,jp

Uma nova era chegou. No período Kamakura, a sociedade aristocrática mudou para a sociedade samurai. O estilo das casas também mudou. “Shinden Zukuri” gradualmente foi desaparecendo e o novo estilo arquitetónico “Shoin Zukuri” (書院造) foi estabelecido.

No estilo Shoin Zukuri havia muitos quartos que se conetavam a um corredor. Havia muitas paredes nas quais telas shoji e portas de correr separavam os espaços. Os pisos eram preenchidos com tatami e os telhados eram feitos no estilo “Irimoya Zukuri” (入母屋造).

Na parte externa, era comum paisagens secas ou jardins de pedras japonesas chamado “Karesansui” (枯山水). O tatami móvel que era comum nas casas “Shinden Zukuri”, foi substituído pelo tatami fixo e então os nobres começaram a dormir no chão de tatami.
Imagem: ameblo.jp

No período Kamakura, algumas pessoas do alto escalão tinham uma espécie de roupa para dormir, chamado de “Kaimaki” (掻巻). Esta capa tinha gola e mangas que a faziam parecer um quimono. No período Muromachi, Kaimaki passou a ser chamado de “Onzo” (御衣).

Apesar do nome ser diferente, era basicamente a mesma coisa que kaimaki, sendo usados apenas pela nobreza. Já as pessoas comuns dormiam com roupas comuns ou Fusuma. Embora, houvesse pessoas comuns afortunadas que moravam em uma casa de estilo “Irimoya Zukuri”, as que viviam especialmente no campo, ainda moravam em casas de cova, nesta época.

Período Sengoku ao Período Edo (1467-1868)
Imagem: Pixabay

Nesse período, o algodão começou a se espalhar por todo o Japão. De acordo com documentos antigos chamados “Nihonkoki” (日本 後記) e “Ruijukokushi” (類聚国史), as sementes de algodão chegaram ao Japão em 799-800, mas no início, eles não conseguiram cultivá-la.

Em 1492-1500, eles finalmente conseguiram cultivar algodão em Mikawa (atual prefeitura de Aichi). Segundo um antigo documento “Tokitsugukyoki” (言継郷記), em 1558-1569, um comerciante levou semente de algodão para Kyoto e o cultivo se espalhou por todo o Japão.
Imagem: Wikimedia Commons

Durante a propagação do algodão, surgiu a capa chamada “Yogi” (夜着), que tinha algodão dentro dele. Parecido com o Kaimaki, se assemelhava a um quimono. Também é chamado de “Kaimakifuton” (かいまきふとん) e promovia um bom aquecimento no inverno.

Existiam vários modelos de Yogi. Pessoas da nobreza usavam Yogi de seda, mas as pessoas comuns usavam Yogi de cânhamo e algodão. Além do yogi, os nobres de Kyoto e Nara usavam também o colchão futon Shiki, que é semelhante ao futon atual, mas um pouco mais fino.

A propagação do Tatami
Imagem: pxhere.com

No meio do período Edo, o tatami finalmente se tornou acessível ao povo comum que vivia na cidade. Mas os camponeses ainda não podiam obtê-los até o período Meiji. No final do período Edo, a produção de tatami se expandiu e o seu uso se espalhou em todo o Japão.

Nesse período, as pessoas começaram a usar uma capa “Kakebuton” (掛布団) e um colchão chamado “Shikibuton” (敷 布団) como nos dias atuais. Muitas pessoas comuns usavam o próprio tatami como colchão. Mas os preços do tatami e futon continuavam sendo muito elevados.

Futons eram muito caros!
No período Edo, graças ao sucesso da produção de algodão, eles podiam fazer futons de Yogi e Shiki, mas as pessoas comuns ainda não podiam pagar por eles. O motivo é o preço. Os futons custavam 30 Ryo neste período, sendo que 1 Ryo custava de mil a 3 mi dólares!

Portanto, a maioria das pessoas não podiam ter. O valor do Ryo era variável e por isso o valor do futon também. O valor do dinheiro oscilava muito neste período. Além disso, é quase impossível tentarmos comparar o valor do dinheiro antigo com o dinheiro de agora.

Imagem: nemuri-kurashi.jp

No entanto, havia outros futons mais em conta chamados “Tentokuji” (天徳寺). Mas Tentokuji era feito de papel japonês e dentro dele era colocado palha. Também chamado de “Kamifusuma” (紙衾), era muito popular entre as pessoas, que diziam ser “leve, resistente, quente, e barato”.

Mesmo sendo um futon barato era considerado precioso, tanto que era comum ladrões invadir as casas para roubá-los. Dizem também, que as pessoas costumavam enrolá-los com um tapete para guardá-los para que, em caso de incêndio, pudessem retirá-los rapidamente da casa.

A popularidade do futon nos distritos de luz vermelha

Imagem: Wikimedia Commons

Por volta de 1688, colchões Shikifuton (敷き布団) estavam a começar a ser usados ​​em alojamentos femininos chamados Yukaku (遊郭) localizados em distritos de luz vermelha. Muitos clientes gastaram muito dinheiro na compra de futons para as mulheres que viviam lá.

Portanto, o futon tornou-se um símbolo de popularidade para essas mulheres. Eles, inconscientemente ajudaram o futon a ficar mais conhecido pelas outras pessoas.

Enquanto isso, nas áreas rurais, as pessoas permaneciam dormindo como antigamente, com Mushiro ou palha, com poucas mudanças desde o período Yayoi. A maioria das casas tinha piso de madeira neste período, mas o tatami, usado pelas pessoas de alta posição, só se tornaria acessível a essas pessoas no período Meiji e o futon de algodão só no período Showa.

Período Meiji ao Período Taisho (1868‐1926)
Imagem: Wikimedia Commons

No período Meiji, o algodão passou a ser importado da Índia, cujo preço era muito mais barato. As pessoas podiam comprar um futon com algodão dentro. As pessoas costumavam reciclar quimonos velhos para fazer o futon e compravam algodão para colocar dentro dele.

O algodão é altamente higroscópico. Isso trouxe o problema do mofo. No final do período Meiji, para evitar a ocorrência de mofo, um armário chamado “Oshiire” (押入れ) foi criado. Desde então, o hábito de guardar o futon em um armário continua até os dias de hoje.

Cama de estilo ocidental
A partir do Período Meiji, a cultura ocidental começou a entrar no Japão. Um comerciante chamado Takeji Usami foi para a Inglaterra e aprendeu a fazer uma estrutura de cama e um colchão ocidental. Ele voltou ao Japão e fundou sua empresa para fazer camas em 1926.

Paralelamente, o futon de algodão começava a se espalhar entre os plebeus, mas em locais rurais como o lado norte do Japão ou em vilas mais precárias, as pessoas ainda dormiam com um futon feito de cânhamo, palha ou alga marinha dentro de um saco de palha.

Após o período Showa (1926 – 1989)
A propagação do futon de algodão aumentou ainda mais nesta época. Quando o algodão do futon ficava muito fino, eles o levavam a uma loja para adicionar mais algodão.

Nesse período, a sociedade japonesa mudou muito e o valor do futon também mudou, especialmente depois que surgiu o poliéster em 1941. Em 1958, foi importado para o Japão e por ser mais barato que o algodão, futons de poliéster começaram a ser vendidos.

O período de alto crescimento económico (1954-1970)
Imagem: address.love

Em 1962, a cama de dois andares (beliche) se tornou popular. As famílias eram numerosas e as casas antigas japonesas não havia muitos quartos. Eles basicamente tinham um grande cómodo para viver, comer e dormir e por isso precisavam de otimizar o espaço onde viviam.

Quartos com paredes ou divisórias foram adicionados às casas japonesas. E as camas beliche eram usadas no quarto das crianças por não ocuparem muito espaço. Mas ao invés de um colchão, eles colocavam um futon sobre as estruturas das camas. Nos últimos anos, com o declínio da população, a cama de dois andares acabou caindo um pouco em desuso.

Como funciona atualmente no Japão
Imagem: photo-ac.com

Hoje em dia, a maioria as casas modernas japonesas são na sua maioria de estilo ocidental. O tatami está a desaparecer das casas modernas japonesas, embora muitas casas ainda mantenham ao menos uma sala de estilo tradicional, com o piso de tatami.

Existem algumas razões para explicar esse fenómeno. Algumas delas estão ligadas ao facto do país sofrer com muitos terremotos. Por exemplo, pilares de madeira e telhados pesados comuns nas casas antigas, infelizmente correm mais risco de desabar em um tremor.

Com isso, as construções evoluíram para algo mais seguro contra terremotos e outros desastres naturais. Além disso, as construções antigas eram mais caras devido às matérias primas e técnicas de construção empregues, além da manutenção ser mais cara também.

Por que o hábito de dormir no chão ainda é mantido?
Imagem: Wikimedia Commons

Como vimos, a história do uso do futon e de dormir no chão é longa. Mas de que maneira esse hábito perdurou até os dias de hoje? Bem, os japoneses não usam sapatos em casa. Esse hábito ajuda a manter as casas limpas, então deitar-se no chão não é um problema.

Como dito anteriormente, o país sofre com abalos sísmicos constantes, então talvez, não seja uma boa ideia colocar muita mobília nos quartos pois pode bloquear o caminho ou cair. Outro motivo é para ter um espaço extra, pois os futons podem ser dobrados e guardados em um armário. E por último, porque simplesmente seguem a tradição herdada por seus pais e avós.
Imagem: photo-ac.com

Mas além de tudo isso, os japoneses acreditam que dormir no chão é melhor pra coluna, pois quando se deita no chão, pode manter sua postura reta. Também acredita-se que esse hábito reduza dores nas costas e ombros além de ter um efeito desintoxicante pois estimula o fígado, os rins e a pele. Dizem que este efeito pode melhorar até a circulação sanguínea.

Além da questão de economizar espaço, os japoneses acham mais fácil cuidar de um futon. Tudo o que precisa é aspirar o futon com frequência e trocar as capas. Os japoneses também costumam colocar o futon de vez em quando ao ar livre, para tomar sol.

Se for necessário lavar o futon inteiro e não somente as capas, isso pode ser feito nas lavanderias japonesas, caso a sua máquina de lavar não suporte o peso ou volume. Outra vantagem é que não há o risco de cair e nem de encontrar um yokai debaixo da cama.

Os contras de dormir em um futon no chão
Imagem: photo-ac.com

Brincadeiras à parte, existem muitas vantagens de dormir no futon, no chão. Mas pode haver contras também. Embora no verão seja mais fresco para dormir, no inverno pode ser um problema para algumas pessoas. Há também o problema de poeira que se acumula no chão todos os dias, por isso, um aspirador de pó pode ser um item fundamental para si.

Além disso, caso esteja acostumado a dormir numa cama e num colchão macio, provavelmente achará o futon desconfortável. Mas tudo é questão de costume, a menos que sofra realmente de algum problema na coluna que inviabilize dormir no chão.

Com a influência ocidental, alguns japoneses tem optado em dormir em camas, mas ainda há aqueles que não abrem mão do seu futon e seu tatami. Muitos estrangeiros podem ficar dececionados com isso, mas não se preocupe pois esse hábito ainda vai durar muito tempo e talvez nunca desapareça de facto. Os japoneses sentem muito orgulho de seus Ryokan (旅館), as hospedarias típicas japonesas que ainda conservam seus padrões tradicionais.

Espero que este artigo tenha sido esclarecedor. Particularmente, eu adorei descobrir esses detalhes sobre a origem do futon e os motivos que levaram os japoneses a dormirem no chão. Já teve a experiência de dormir no futon no chão? 

Imagem do topo: photo-ac.com
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sexta-feira, 22 de junho de 2018

10 CURIOSIDADES SOBRE A COR: VERDE


O verde é uma cor secundária, formada pela mistura entre as cores primárias azul e amarelo. Ele é atribuído à esperança, à fertilidade e à burguesia. Possui muitas variações de tonalidades, sendo basicamente fria, mas podendo mudar de temperatura com muita facilidade, dependendo da proporção entre a quantidade de amarelo e azul na mistura. 
1 – o verde é a segunda cor mais escolhida pelas pessoas, mas ele passa a ser mais apreciado conforme a idade, principalmente pelos homens.
2 – existe 100 tons de verde já catalogados.
3 – o verde acalma e transmite segurança.
4 – cor que equilibra as características do temperamento colérico, trazendo mais tranquilidade e equilíbrio à pessoa que possui esse temperamento.
5 – o verde simboliza o natural, a natureza, lembrando aqui do livro “O menino do dedo verde”*, termo cunhado para as pessoas que tem habilidades com jardinagem.
6 – é a cor da primavera e da esperança, sendo que a própria primavera tem a conotação de renovação. Na primavera, as plantas voltam a ficar verdes, lembrando que o período de escassez passou, e por isso a associação do verde à esperança.
7 – para os antigos egípcios, o verde era uma cor masculina e cor com a qual era pintada a pele do deus da vida e da morte, Osíris.
8 – entre os nomes que possuem referência à cor verde, podemos encontrar: Sílvia (referente à selva); Linda, Ivone e Yves (nomes de árvores); Olívia (lembrando as oliveiras); Lorenzo, Laura, Lars e Daphne (que vem de “loureiro”); Chloé (nome francês que faz referência à um verde-claro como cloro) e Vítor (que é uma variação da palavra alemã “witu”, que significa “a floresta”).
9 – na igreja católica, o verde é uma das cores litúrgicas. Sendo simples e elementar, ela é atribuída aos dias comuns, nos quais não se comemora e nem se celebra nada em particular. 
10 – era a cor favorita de Maomé (570-632), por ser a cor reinante no Paraíso.
* O Menino do Polegar Verde (titulo em Portugal) é um livro infantil-juvenil escrito por Maurice Druon em 1957, sendo este o único livro fictício e de linguagem infantil que o autor escreveu. Foi traduzido para o português por Dom Marcos Barbosa, o mesmo escritor/poeta que traduziu O Pequeno Príncipe.
Referência Bibliográfica
A Psicologia das Cores – de Eva Heller.
Visagismo Integrado: identidade, estilo e beleza – de Philip Hallawell.