segunda-feira, 19 de março de 2012

O EXEMPLO DA FORMIGA

O exemplo da formiga

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.

A formiga carregava-a com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, e fazia cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou da sua tarefa.

Observei-a e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta da casa. Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou o seu empreendimento”. Ilusão minha!

Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha.

Então disse a mim mesma: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia…”

Mas a pequena formiga surpreendeu-me! Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços que foram todos para dentro do buraco.

Imediatamente pensei nas nossas experiências. Quantas vezes desanimamos diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo a teria começado a carregar.

Pensemos na persistência daquela formiguinha. É importante percebermos a tenacidade dela, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia. A perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta aos nossos olhos grande demais. Ter humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajecto pareça ser solitário. Como aquela formiga, é importante não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários nos fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não conseguimos ver com nitidez o caminho a percorrer.

A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.

Desta vez, a epígrafe da semana é o meu desejo especial para si: Que após este “encontro” com formiga, saia mais fortalecido na caminhada da vida.



Sonhos não morrem, apenas adormecem a nossa alma.

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